O QUE É COACHING?


Você sabe o que é coaching? Entende a diferença entre coaching, coach e coachee?
Simplificando, o Coaching é um processo que tem por objetivo melhorar o desempenho e se concentra no presente, no “aqui e agora”, e não no passado ou futuro distante. Embora tenham muitos modelos e técnicas diferentes, de modo geral, o coach – o profissional -, atua como um facilitador da aprendizagem, do desenvolvimento do cliente, o coachee.
Existe uma enorme diferença entre ensinar alguém e ajudá-lo a aprender. No coaching, fundamentalmente, o coach está ajudando o indivíduo a melhorar seu próprio desempenho, ou seja, ajudando-o a aprender. Quem determina o caminho a seguir é o cliente, não o coach. 

O ‘Jogo interno’

Nenhuma discussão de coaching seria completa sem menção de Timothy Gallwey e suas ideias sobre o “jogo interno”. O livro de Gallwey, The Inner Game of Tennis, revolucionou o pensamento sobre o treinamento. Ele sugeriu que os maiores obstáculos para o sucesso e a obtenção de potencial eram internos, não externos.

A visão de Gallwey era que os treinadores poderiam ajudar os indivíduos a melhorar seu jogo, distraindo-os de seu diálogo interno e, em particular, a voz crítica que dizia: “Não é assim! Concentre-se em suas mãos! Anime-a de forma diferente!”.
Ao distrair essa voz interior, o corpo poderia assumir o controle, isso porque muitas vezes o corpo tem uma ideia muito clara do que fazer quando os diálogos internos são suprimidos. Gallwey usou o exemplo de pedir às pessoas que se concentrassem na altura em que atingiram a bola de tênis. Esta atividade não tem relevância, mas o simples ato de se concentrar nela distraiu a voz interior e permitiu que o corpo capaz assumisse o controle. O atleta relaxou e a performance dele melhorou imediatamente.
A percepção real de Timothy Gallwey era que isso não se aplicava apenas ao Tênis, mas a todas as pessoas. Segundo ele, os indivíduos têm respostas para seus próprios problemas dentro de si.
A parte essencial do coaching é, então, ajudar as pessoas a aprender a silenciar essa voz interior e permitir que seus instintos, ou seus subconscientes, assumam o controle. Às vezes, isso significa distraí-lo, e às vezes é sobre explorar o “pior cenário” e remover o medo.

SELF 1 e SELF 2

No livro, Tim Gallwey chamou de SELF 1 o “Eu julgador”, que é crítico, julgador, limitador e que nos impõe medos. Já o nosso SELF 2 é o próprio “Eu verdadeiro”, ou seja, nosso potencial, que nasceu conosco e que é pode ser aprimorado nas diversas fases de nossas vidas. Assim, o objetivo do Inner Game é amplificar o Self 2 enquanto Self 1 é equilibrado ou diminuído.
Nesse jogo interior, o que vale é ter clareza dos próprios potenciais e como eles podem se expandir, enquanto se trabalha as dificuldades ou interferências, sejam elas internas ou externas. A grande questão é identificar estes potenciais e interferências diariamente, como um hábito.
A sustentabilidade do conjunto Inner Game de valores está baseada no fato de que a Performance deva estar aliada ao aprendizado e à satisfação. Nenhuma performance se mantém por obrigação.

Aprendizado gera consciência

Por exemplo, ninguém tem resultados sólidos no emagrecimento e mantém esses resultados apenas por obrigação. Para nossa prática, traduzo que quando a pessoa aprende algo, ela se sente mais viva, com melhor autoestima. O aprendizado nos dignifica, gera consciência. Já a satisfação mantém a motivação. Não é à toa que as pessoas que mantém uma qualidade de vida em alta aprenderam de fato a se reeducarem e encontraram prazer em suas rotinas saudáveis.
Segundo Gallwey, quando em qualquer atividade permitimos que as pessoas gerem aprendizado, e de uma maneira onde possam positivamente ter prazer naquilo que estão fazendo, de um modo quase que “inconsciente” os resultados surgem e a performance é atingida.

Pense com você: 

Como é possível diminuir o que está te limitando? O que está te gerando mais dificuldades? Como é possível reduzir isto? E de outro lado… com você pode diariamente melhorar seu potencial? Ou seja, o quanto você sabe que pode realizar o que você quer? O quanto você pode melhorar suas habilidades e ampliar seu poder interior?
Esse é o jogo interno, o jogo de alta performance. 

Indo além de ouvir

Coaching vai muito além de apenas ouvir o que as pessoas estão dizendo; Ele se alonga em sintaxe, tom de voz e linguagem corporal. Como coach, você aprenderá como visualizar o mundo através da perspectiva do seu cliente, para entender o significado do que eles dizem no contexto de seus valores e objetivos.
A escuta ativa é um passo incrivelmente importante para melhores habilidades de comunicação. Um bom coach consegue escanear o próprio cliente, consegue entender o que ele quer dizer com um olhar, com uma mania de mexer as mãos, com trejeitos. Enfim, é preciso ir além da simples conversa.

Pergunta poderosa

O coaching é apenas sobre avançar, não olhar para trás. Como coach, você usará perguntas abertas para evocar descobertas, insights, compromissos e ações que movem seus clientes para a frente. O questionamento aberto é um conceito simples que muda suas conversas de simples e chato para expansivo e provocador.
Preste atenção em tudo o que o seu coachee disser. Uma pergunta poderosa pode surgir a qualquer momento, basta ficar atenta à história.

Metas à prova de balas

Como coach, você orientará o coachee para obter resultados, sempre avaliando se o seu cliente está no bom caminho e agindo para alcançar o objetivo esperado. Os coaches usam a meta SMART para assegurar a compreensão e a responsabilidade total do coachee.
A meta SMART é uma ferramenta que auxilia na definição de metas, não importando se estas servirão para uma determinada pessoa ou para uma empresa.
  • S – Significa specific, ou seja, uma meta deve ser específica naquilo que quer.
  • – Atribui-se a measurable (mensurável), ou seja,  é necessário determinar um indicador que irá contribuir para a pessoa atingir o objetivo pensado. 
  • – Vem de achievable, que quer dizer atingível ou aquilo que é alcançável. Desejar obter resultados incríveis é o que todos querem, mas o gestor deve ter em mente que as metas devem estar em uma realidade possível. 
  • – Corresponde a relevant, o que permite entender que as metas precisam ser relevantes para a pessoa ou organização. 
  • – O T vem de time. Pensando nisso, fica a ideia de que para toda meta é preciso determinar um tempo para que ela se cumpra. Estabelecer uma meta sem um prazo não faz sentido.

Projetando ações positivas

O coaching sistemático explora preocupações e oportunidades específicas que são fundamentais para os objetivos definidos pelo cliente. Como coach, você ajudará os clientes a priorizar os problemas e orientá-los através de decisões difíceis.
Lembre-se, o coaching não significa dar conselhos. Os verdadeiros coaches capacitam seus clientes a identificar ações positivas por conta própria. O domínio das ações de design abre uma nova dimensão na forma como você cria sucesso a longo prazo.

Garantindo responsabilidade

O coaching gera mudanças positivas a longo prazo. Como coach, você usará ferramentas de gerenciamento de tempo precisas para promover a autodisciplina do seu cliente e responsabilizá-los pelos resultados das ações pretendidas.
A mudança de atitudes e comportamentos para alcançar objetivos acordados é significativamente mais fácil quando a prestação de contas está presente.
O trabalho de Coaching só funciona com a ação, com o foco do cliente. Medindo e aprendendo a cada passo dado em direção ao resultado. Centrando-se no feedback, orientação, recapitulando, aprendendo e replanejando o caminho em direção ao Ponto B.
Para o Coaching, a jornada é mais importante que o destino. O estado desejado é apenas uma consequência do processo de transformação e evolução do cliente, que agora é muito mais forte e centrado, com competências necessárias para superar os desafios que antes (no Ponto A) pareciam impossíveis de serem enfrentados.
Por meio das técnicas do Coaching, o coach trabalha no coachee a reeducação, a construção de escolhas, o modo de pensar, as perdas e os ganhos, entre outros fatores. Uma mudança total de comportamento.

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