SOMOS TODOS IGUAIS!
Mulher, mãe, filha, irmã, amiga, colega ou, simplesmente, uma conhecida qualquer. Para cada versão minha que eu traduzo e dou vida percebo um pouco dos meus medos e crenças limitantes moldando a personalidade.
Como é engraçado ver que, mesmo no imaginário, essas amarras reprimem e cerceiam a liberdade de sermos quem desejamos e quem verdadeiramente nós somos.
Sei que a dor que traduzo é minha, mas poderia ser de qualquer ser humano, homem ou mulher, porque todos nós carregamos o peso da nossa fragilidade que se transfigura em padrões repetidos de comportamento.
Tememos ser rotulados, ou resumidos a um título que vai contra a crença social da moral e dos bons costumes e isso dá medo.
Falamos meias verdades, porque a exposição – que poderia gerar empatia - segrega, afasta e isola.
A minha dor pode, de alguma forma, traduzir um pouco a dor do outro, mas a negação impede que a venda que cega o interlocutor caia, para que ele se perceba nela, e isso gera um afastamento.
Ninguém precisaria ser segmentado em grupos, porque, de verdade, mesmo não sabendo aonde sua dor gerou uma válvula de escape, posso afirmar sem medo: ela tem princípios comuns à minha.
Fui obesa por não saber lidar com questões que minaram a minha autoestima, mas eu poderia ter virado drogada, alcoólatra, ninfomaníaca, ludomaníaca ou qualquer outra exacerbação da minha personalidade que conferisse à minha fuga da realidade um título qualquer.
Sei que há vícios mais glamorosos que outros e, até, alguns mais sociáveis - só que o que não é dito é que as questões geradoras dessas dores, essas são comuns em qualquer esfera social, independente de sexo, raça, cor ou religião.
E assim, segregando, vamos aprisionando sonhos e potenciais humanos que se afundam ancorando suas vidas a fragmentos de episódios mal sucedidos que não deveriam, jamais, passar de lições de um processo educativo experiencial que transforma e educa, mas que, jamais, vira uma sentença de morte.
Eu não fui obesa por não saber o que comer ou como comer. Eu fui obesa porque não sabia como sanar as minhas questões e procurava alívio para as minhas dores em algo que se traduzisse em prazer. Então, eu não preciso ter medo da comida, muito pelo contrário, eu preciso fazer as pazes com ela e com meu corpo, aprendendo que nada, além das minhas ações, poderá me livrar do sofrimento que me fez refém.
O que tem machucado a sua alma?
O que te faz acreditar que a sua dor não merece ser visitada e ressignificada?
O que te faz acreditar que não há lições aprendidas em fracassos vividos?
O que poderia ser pior: falhar ou nunca tentar?
Por que é tão fácil entender o erro do outro e o seu, não?
Até que ponto seus julgamentos sobre você são reais?
Até que ponto as expectativas frustradas eram realmente suas?
O que te faz ter medo de se libertar da sua dor?
O que te prende ao seu passado?
O que te faz temer o futuro?
O que te fez perder a fé?
Entenda: qualquer que seja a crença que te impediu de seguir a diante ou de simplesmente, ser quem desejaria ser, só existe, porque você a alimenta. Desprenda-se delas, desprenda-se de títulos que segregam e te limitam e vai viver a liberdade de ser uma nova pessoa ou a velha que um dia você sufocou por medo.
Reencontre-se com entusiasmo e deixe que esse dom divino transcenda. Porque se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. - 2 Coríntios 5:17
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