QUAL AÇÚCAR É MELHOR?
O açúcar pode ter um
impacto no cérebro semelhante ao de uma droga, como a cocaína, por seu
potencial viciante e estimulante. Seu consumo é considerado fator de risco para
problemas cardiovasculares, obesidade e diabetes, uma vez que ele é um produto
altamente calórico e com pouco ou nenhum valor nutricional.
Mas vamos botar pingos
nos “is”. Açúcar é açúcar (pronto, o post podia terminar aqui). Ele pode ser
mais natural, menos refinado, mais gostoso... Continua sendo açúcar.
Alguns tipos, como o
refinado, são digeridos instantaneamente pelo organismo, outros mais
lentamente, mas todos elevam os níveis glicêmicos - o que pode ser perigoso por
conta do depósito de gordura nas células. Um dos efeitos nocivos da subida rápida
e exagerada da glicose sanguínea é o aumento da secreção de insulina pelas
células do pâncreas.
Esse hormônio é
responsável por jogar a glicose para o interior das células, onde ela será
metabolizada para se transformar em energia.
Insulina em excesso pode
baixar as taxas de glicemia rápido demais, o que abre o apetite e faz com que a
pessoa coma novamente. Um ciclo. Além disso, há o risco do desenvolvimento de
uma condição chamada resistência à insulina, que pode levar ao diabetes.
Mesmo no caso de alguns,
que têm baixo índice glicêmico, é importante entender que os impactos podem ser
devastadores – uma vez que o sabor doce vicia e hoje já temos estudo
comprovando que até mesmo os adoçantes (sejam sintéticos ou naturais) têm poder
de impactar negativamente no organismo – apenas pelo sabor adocicado.
E para que você
compreenda o que é o quê, vamos entender alguns termos:
ÍNDICE GLICÊMICO é um
indicador da velocidade que sua glicemia vai subir pela absorção do carboidrato
(CHO), só isso! Não significa que aquilo tem menos CHO. Então para quem tem uma
doença que demanda diminuição do consumo de CHO, o que importa mesmo é a CARGA
GLICÊMICA, ou seja, a quantidade total de carboidratos naquilo! Porque seja
lento ou rápido, este CHO será absorvido!
E a pergunta que não quer calar: “Mas tal opção não tem mais nutrientes?”
Se você está realmente
preocupada com a quantidade de nutrientes: coma vegetais!
Não faz sentido algum
justificar o consumo de açúcar (seja o tipo que for) por alguns miligramas de
nutrientes que estão em milhares de outros alimentos. Algumas bolachas prometem
ter oito vitaminas e minerais e ninguém acha uma boa por causa disso, ou acha?
Entenda: se você não tem
diabetes, esteatose hepática, hipercolesterolemia ou qualquer outra doença em
que o consumo de CHO precise ser reduzido, e nem está em uma estratégia de
emagrecimento, você até pode consumir açúcar (de preferência em pequena
quantidade) e nesse caso pode optar por um não refinado, mais natural... Só não
caia em nenhuma pegadinha: açúcar é açúcar e pronto!
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